Paulo David (criminoso)
Paulo R. de A. David, foi preso várias vezes quando menor de idade, com passagem pelo Padre Severino. Tentou várias fugas com Rogerio Lengruber, vulgo Bagulhão, quando, já com maioridade, estava preso na Delegacia de Duque de Caxias no início dos anos 70. Tentaram fugir juntos, também em várias oportunidades, quando transferidos para o antigo Presídio Geral do Estado, em Niterói, conseguindo êxito em 23 de maio de 1973, quando Paulo David, vulgo “Padre”, foi o único que não foi recapturado e conseguiu entregar uma carta denunciando as torturas e espancamentos que eram alvos no PGE, assim como haviam sido em Caxias. A carta fora assinada por todos os que tentaram a fuga e foi entregue à Albeniza Garcia, na sede do Jornal O Globo, na Rua Irineu Marinho, no Rio de Janeiro. O vulgo de Paulo David é em razão de várias vezes não ter sido preso entre 1968 e 1971 por estar trajando batina. Fala-se que em pelo menos um dos bancos que assaltou, o Banco Andrade Arnaud em Botafogo, estava vestindo batina quando fez o levantamento.
Durante o período em que esteve preso na Delegacia de Caxias, na baixada fluminense, uma das primeiras concentradoras do Estado do Rio, muitas foram as tentativas de fuga que participou, algumas delas, armadas.
Na fuga do PGE, em maio de 1973, armada, amarraram e amordaçaram os policiais militares, em um final de semana, e, a carta dos foragidos publicada pelo O Globo em 23 de maio daquele ano foi encabeçada com o título “Ofendidos e humilhados, eles decidiram protestar”. Participa de todas as manifestações dos presos contra as administrações prisionais. Não mais foge, mas participa da elaboração das mesmas em todos os locais para onde vai sendo transferido.
Em 1975 é transferido e vai, de isolamento em isolamento, passando pelos presídios cariocas Evaristo de Morais, Helio Gomes, Lemos de Brito. Nesse último não ficou no isolamento, mas apenas permaneceu por um mês até ser transferido para a Ilha Grande, em razão de em sua ficha móvel constar o seu histórico de fugas. Logo após Bagulhão também chega na Ilha Grande, também transferido para o Instituto Penal Cândido Mendes.
Em 1978 é colocado em liberdade e não mais se tem notícias do mesmo.