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Sal de cozinha

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sal de cozinha

O sal de cozinha ou sal comum é um mineral formado principalmente por cloreto de sódio (NaCl), um composto químico pertencente à classe maior de sais; o sal em sua forma natural como um mineral cristalino é conhecido como sal-gema ou halita. Está presente em grandes quantidades na água do mar, onde é o principal constituinte mineral. O oceano aberto tem cerca de 35 gramas de sólidos por litro de água do mar, uma salinidade de 3,5%.

O sódio é um nutriente essencial para a saúde humana através do seu papel como soluto eletrolítico e osmótico.[1][2][3] Seu consumo excessivo pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como a hipertensão, em crianças e adultos. Tais efeitos do sal na saúde são estudados há muito tempo.[3][4] Consequentemente, numerosas associações mundiais de saúde e especialistas em países desenvolvidos recomendam a redução do consumo de alimentos salgados populares. A Organização Mundial de Saúde recomenda que os adultos consumam menos de 2 000 mg de sódio, o equivalente a 5 gramas de sal por dia.[5]

História

Cristal de halita ou sal de rocha (NaCl).

O sal era, até o início do século XX, um importante conservante alimentar. A tal ponto chegava sua importância, que foi até mesmo usado como forma de pagamento no período romano, sendo esta a origem da palavra "salário". Por este motivo as explorações de sal chegaram a ter valor estratégico, inclusive tendo sido criadas vilas fortificadas para defender as salinas.

Historicamente a exploração de sal se realizava em salinas das zonas costeiras e dos mananciais de água salgada (que atravessam depósitos de sal no subsolo). Mais modernamente, os depósitos subterrâneos passaram a ser explorados através de minas, com isto as salinas de manancial foram perdendo importância e sendo abandonadas durante o século XX.

Existem enormes quantidades de cloreto de sódio em antigos mares ou lagos salgados que sofreram evaporação. Um exemplo disso é o Salar de Uyuni, na Bolívia, uma imensa planície branca devido ao sal cristalizado, e que foi um dia o fundo de um mar que secou.

O sal é produzido em diversas formas: sal não refinado (sal grosso, também chamado sal marinho e a flor de sal), sal refinado (sal de cozinha) e sal iodado. É um sólido cristalino e branco nas condições normais.

Cloreto de sódio e íons são os dois principais componentes do sal, são necessárias para a sobrevivência de todos os seres vivos, incluindo os seres humanos. O sal está envolvido na regulação da quantidade de água do organismo.

No Brasil

Terminal Salineiro de Areia Branca, no Rio Grande do Norte, principal escoador da produção de sal no Brasil.

No Brasil, os principais estados produtores são o Rio Grande do Norte, no chamado Polo Costa Branca, e o Rio de Janeiro, na chamada Região dos Lagos. Nestes estados o sal marinho é obtido através do bombeamento da água do mar para salinas formadas por tanques de evaporação a céu aberto. Depois que a água evapora, o sal que resta no fundo é raspado, empilhado e conduzido às refinarias.

Em Portugal

Em Portugal os principais centros de produção de sal estão em Aveiro e Algarve.

Espanha

Na Espanha, por exemplo, também existem numerosas salinas costeiras em exploração, além de poucas salinas de manancial (a maioria das que existiram já foi abandonada), sendo as mais importantes as Salinas de Añana em Álava, declaradas monumento histórico do país.

Saúde

O sal pode ser fluoretado e iodado, como formas mais éticas e baratas de combater a cárie e o bócio. O corpo humano precisa de pouco sal, entre 2,5 e 5,0 gramas por dia (menos do que uma colher de café cheia de sal diariamente), quantidade que geralmente existe nos próprios alimentos. Acima disso, esse mineral é prejudicial à saúde, causando males, como hipertensão arterial, que podem até levar à morte.

Ver também

Referências

  1. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome USDA2015
  2. Committee on the Consequences of Sodium Reduction in Populations; Board Food Nutrition; Board on Population Health Public Health Practice; Board on Population Health Public Health Practice; Institute Of, Medicine; Strom, B. L.; Yaktine, A. L.; Oria, M. (2013). Strom, Brian L.; Yaktine, Ann L.; Oria, Maria, ed. Sodium intake in populations: assessment of evidence. [S.l.]: Institute of Medicine of the National Academies. ISBN 978-0-309-28295-6. PMID 24851297. doi:10.17226/18311. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2013 
  3. a b Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome CDC
  4. «EFSA provides advice on adverse effects of sodium». European Food Safety Authority. 22 de junho de 2005. Consultado em 22 de julho de 2019 
  5. «WHO issues new guidance on dietary salt and potassium». World Health Organization. 31 de janeiro de 2013. Consultado em 22 de julho de 2019. Cópia arquivada em 20 de julho de 2016 

Ligações externas

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