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Histerectomia

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Diferença entre histerectomia parcial, total e radical.[1]

Histerectomia é uma operação cirúrgica da área ginecológica que consiste na remoção do útero. A histerectomia é quando se retira o corpo e o colo do útero. Por vezes, esta cirurgia é acompanhada da remoção simultânea dos ovários e trompas (histerectomia total com anexectomia bilateral ou histerectomia radical).[2]

Procedimento cirúrgico

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Existem três formas de histerectomia[1]:

  • Histerectomia abdominal - é feita através de uma incisão no abdomen, por onde se retira o útero.
  • Histerectomia vaginal - é feita através de uma operação através da vagina, por onde se retira o útero.
  • Vídeo-laparoscopia - é a histerectomia onde a cirurgia é realizada por pequenos orifícios de 5 a 10 mm no abdome e a retirada do útero é feita pela vagina.

Necessidade da histerectomia

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Este procedimento é feito para muitas condições, mas apenas caso não haja outra opção menos invasiva e barata de tratamento. Os motivos mais comuns incluem[1]:

As condições malignas requerem uma histerectomia abdominal total com salpingectomia (retirada de trompas) e ooforectomia (retirada de ovários) de ambos lados.

Efeitos colaterais

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O Colégio Norte Americano de Obstetras e Ginecologistas estima que 25 a 50% das pacientes submetidas a uma histerectomia terão uma ou mais complicações, embora de pequeno porte ou reversíveis. Como qualquer outro tipo de cirurgia, a histerectomia tem risco de hemorragia, lesão das áreas próximas, coágulos, infecção, reação alérgica e morte de cerca de 0,1% a 0,6% das pacientes em até 40 dias após a cirurgia. [1]

Riscos específicos incluem[1]:

  • Elimina a possibilidade de engravidar.
  • Lesões ao intestino, à bexiga, ureteres (fino tubo que liga o rim à bexiga, levando a urina).
  • Sangramento vaginal.
  • Dor pélvica crônica.
  • Menopausa precoce.
  • Diminuição do prazer sexual.

O útero também produz uma substância chamada prostaciclina, que é responsável pela inibição da formação de coágulos sanguíneos. Em virtude disto, a remoção do útero pode deixar a mulher mais sujeita a ter tromboses e pode ser um fator de aumento do risco de um infarto.

Se os ovários são retirados, a mulher perde sua fonte do hormônio feminino estrogênio. As mulheres que não podem se submeter a terapia de reposição hormonal, terão uma menopausa instantânea e terão uma chance aumentada de desenvolver osteoporose e infartos cardíacos.

Mesmo entre as pacientes que não tiveram seus ovários retirados, muitas mulheres relatam sintomas como: fadiga, ganho de peso, dores articulares, alterações urinárias e depressão, após uma histerectomia.

Em países desenvolvidos, 85% dos casos não tem complicações, mesmo com 20% a 30% das mulheres de 60 anos já terem passado essa cirurgia. Na maioria das vezes a cirurgia é feita entre os 40 e 60 anos.[3] O número de laparoscopias tem aumentado e o número relativo de histerectomias tem diminuído conforme novos tratamentos para endometriose, leiomioma e prolapso uterino.

Aproximadamente 35% das mulheres após a histerectomia passam por outra cirurgia relacionada dentro de 2 anos. A mortalidade é de 0,1 a 0,6%, sendo maiores os riscos em mulheres com câncer mais tardio e em grávidas. [4]

Cuidados de enfermagem na histerectomia

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Útero humano antes da retirada.

Pré-operatório

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  • O profissional de enfermagem deve preparar a paciente para a realização de exames físicos e laboratoriais;
  • Ficar atento aos sinais vitais e dar apoio psicológico;
  • Verificar roupa cirúrgica (de acordo com a instituição);
  • Antissepsia da pele, tricotomia, jejum e preparo intestinal.

Intraoperatório

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Constitui-se no conjunto de medidas que inicia-se no ato de entrada da paciente no centro cirúrgico, até ao término da cirurgia. Dentre as quais: receber o paciente; punção venosa de grosso calibre, verificar pressão arterial e pulso, realizar cateterismo vesical de demora (sonda de Foley de preferência n° 18), preparar o paciente para anestesia sentando-o; após anestesia, realizar antissepsia.

Pós-operatório imediato

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  • Transportar o paciente e mantê-lo em decúbito dorsal;
  • Verificar os sinais vitais de duas em duas horas;
  • Observação constante;
  • Atenção a hemorragias;
  • Apoio emocional ao paciente;
  • Observar nível de consciência;
  • Aquecer o paciente, de acordo com suas necessidades;
  • Instalar balanço hídrico.

Pós-operatório tardio

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  • Controlar e anotar parâmetros vitais de acordo com evolução clínica do paciente e/ou prescrição médica;
  • Controle da hidratação venosa;
  • Mudança de decúbito;
  • Prestar higiene;
  • Trocar o curativo de 12 em 12 horas (de acordo com a prescrição do enfermeiro-chefe).
  • Aconselha o paciente a retornar ao hospital em caso de:
    • Febre persistente;
    • Vômitos incessantes;
    • Dor forte no abdome que não passe com a medicação prescrita pelo médico;
    • Secreção fétida na ferida da operação ou vermelhidão, calor ou sangramentos;
    • Grandes sangramentos (maiores do que os da menstruação).

Referências

  1. a b c d e http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/spanish/ency/article/002915.htm
  2. Saudedamulher.com Histerectomia
  3. Christine Wolfrum: Vorschnelle Schnitte. In: Apotheken Umschau vom 1. Juni 2008. Wort & Bild Verlag, Baierbrunn. ohne ISSN.
  4. Wingo PA, Huezo CM, Rubin GL, Ory HW, Peterson HB (1985). "The mortality risk associated with hysterectomy". American journal of obstetrics and gynecology 152 (7 Pt 1): 803–808. doi:10.1016/s0002-9378(85)80067-3. PMID 4025434.