Russalka
Russalka é uma ninfa da água[1] na mitologia Eslava porém, para os russos, ucranianos e bielo-russos ela é muitas vezes tratada como uma sereia.
Origens e aparência
[editar | editar código-fonte]De acordo com Vladimir Propp, um folclorista e escritor russo, o nome "Russalka" era usado por tribos pagãs eslavas, e o seu nome é ligado a fertilidade. Ela vem da água na primavera para a trazer aos campos e ajudar as plantações a crescer.
Na versão do século XIX, a Russalka é perturbada e perigosa sendo que já não está mais viva, é associada também a um espírito maligno. É uma jovem mulher que cometeu suicidio por afogamento por causa de um casamento infeliz (em algumas versões elas foram abandonadas por seus maridos ou abusadas/assediadas por seu marido muito mais velho), ou também, foi afogada pelo próprio marido após o mesmo saber de uma gravidez indesejada, depois de morrer ela vive o resto do tempo na Terra como uma Russalka.[2][3]
Em muitas histórias é representada como um espírito de uma mulher jovem, que foi morta afogada em um rio ou lago e voltou para assombar esse rio ou lago onde foi morta. Essa "morta-viva" só poderá descansar em paz quando a sua morte for vingada. Ela assombra os rios e lagos atraindo homens jovens com seu canto e sua beleza, e seu corpo é muito escorregadio e quando os homens hipnotizados pela sua beleza e seu canto se aproximam acabam escorregando e caindo no mar, afogando-se. Em algumas ocasiões a Russalka ri enquanto o rapaz se afoga.
Acredita-se também que a Russalka pode mudar sua aparência para agradar o gosto da vitima, geralmente Rusalka também é considerada a representação da beleza universal, é altamente respeitada na cultura eslava.[4][5]
Referências
- ↑ Vladimir E. Alexandrov (22 de maio de 2014). The Garland Companion to Vladimir Nabokov. [S.l.]: Routledge. p. 597. ISBN 978-1-136-60157-6. Consultado em 12 de julho de 2015
- ↑ Linda J. Ivanits (15 de fevereiro de 1989). Russian Folk Belief. [S.l.]: M.E. Sharpe. pp. 78–81. ISBN 978-0-7656-3088-9. Consultado em 12 -7- 2015 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ Elizabeth Wayland Barber (11 de fevereiro de 2013). The Dancing Goddesses: Folklore, Archaeology, and the Origins of European Dance. [S.l.]: W. W. Norton. p. 18. ISBN 978-0-393-08921-9. Consultado em 12 de julho de 2015
- ↑ Rappoport, Phillippa (1999). «If It Dries Out, It's No Good: Women, Hair and Rusalki Beliefs». SEEFA Journal (IV): 59
- ↑ Dynda, Jiří (2017). «Rusalki: Anthropology of time, death, and sexuality in Slavic folklore*». Studia Mythologica Slavic. 20: 83–109. doi:10.3986/sms.v20i0.6662. Consultado em 7 de janeiro de 2023