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Ácido hialurônico

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Ácido hialurônico
Alerta sobre risco à saúde
Identificadores
Número CAS 9004-61-9,
31799-91-4 (potassium salt)
9067-32-7 (sodium salt)
Propriedades
Fórmula molecular (C14H21NO11)n
Solubilidade em água soluble (sodium salt)
Riscos associados
Frases S S22, S24/25 (sodium salt)
LD50 > 2400 mg/kg (mouse, oral, sodium salt)
>4000 mg/kg (mouse, subcutaneous, sodium salt)
1500 mg/kg (mouse, intraperitoneal, sodium salt) [1]
Compostos relacionados
Compostos relacionados Ácido glucurônico e N-acetilglicosamina (monômeros)
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Ácido hialurônico (português brasileiro) ou ácido hialurónico (português europeu) é um biopolímero formado pelo ácido glucurônico e a N-acetilglicosamina [2][3][4][5]. De textura viscosa, existe no líquido sinovial, humor vítreo e no tecido conjuntivo colágeno de numerosos organismos, sendo uma importante glicosaminoglicana (GAG) na constituição da articulação, presente na matriz extracelular dos tecidos conjuntivos, epiteliais e nervosos.[6] Esta molécula é a única GAG não sulfatada e possui a capacidade de se associar a proteínas para formar agregados moleculares, mas não forma proteoglicanos. É formado na membrana plasmática e não no aparelho de Golgi como os demais, e pode ser enorme, com pesos moleculares que muitas vezes são de milhões de daltons.[7] É um dos principais componentes da matriz extracelular, e contribui significativamente para a proliferação e migração celular, podendo estar envolvido na progressão de alguns tumores malignos.

Uma pessoa de 70 kg tem aproximadamente 15 g de ácido hialurónico no seu organismo, e um terço do total é reciclado (degradado e sintetizado) a cada dia.[8] O ácido hialurónico é também um componente das cápsulas extracelulares bactérias do grupo estreptococos [9] e pensa-se que influencia a virulência da bactéria. [10][11]

Biologia humana e animal

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A nossa pele, quando jovem é caracteristicamente lisa e elástica. Contém muito ácido hialurônico, que é uma substância do nosso organismo que preenche os espaços entre as células. Com o avanço da idade o ácido hialurônico diminui, diminuindo também a hidratação e elasticidade da pele, o que contribui para o surgimento de rugas.

O ácido hialurônico é uma substância presente no organismo de todo os animais, e encontra-se em todos os órgãos do corpo humano, em diferentes proporções, sendo que a pele contém 56 % do total. No nosso organismo, esta substância é responsável pelo volume da pele, forma dos olhos e lubrificação das articulações, sendo normalmente produzido e degradado. Como método terapêutico, pode ser obtido a partir de animais ou a partir da fermentação de bactérias. Este último tem grandes vantagens, uma vez que permite a sua produção em escala industrial e, por não possuir proteínas animais, não provoca reações alérgicas, sendo portanto a forma mais utilizada. As reações que podem ocorrer são alguma vermelhidão no local, pequeno edema (inchaço) sensação de coceira ou sensibilidade. Porém quando ocorrem, são, em geral, pouco acentuadas e tendem a sumir em 24-48horas.

Ácido hialurônico sintético

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Há algumas apresentações sintéticas de ácido hialurônico que são utilizadas em Odontologia, Medicina física e reabilitação e medicina estética. O uso em reabilitação concentra-se no tratamento da artrose. Em estética, o objetivo é preencher rugas ou sulcos, ou simplesmente dar volume, através da injeção na camada média ou profunda da pele. São exemplos de áreas da face que podem ser preenchidas com ácido hialurônico: lábios, sulcos nasogenianos (bigode chinês), sulcos nasojugais (olheiras) e rugas glabelares (raiz do nariz, entre as sobrancelhas) e até mesmo na mandíbula (Preenchimento Mandibular).[carece de fontes?] A aplicação pode ser sob anestesia tópica com creme ou por bloqueio regional com lidocaína. A injeção do produto pode ser por pontilhado ou retroinjeção. Compressas frias diminuem a formação de inchaço (edema). O resultado aparece imediatamente e em até duas semanas, quando o inchaço já deve ter desaparecido.

Referências

  1. (en) « Hyaluronate Sodium » em ChemIDplus, consulté le 12 février 2009
  2. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Wayne D. Comper 1996
  3. Fraser J. R. E. et al. Biochemical Journal, 1988, 356: 153-158
  4. Campbell P. et al. Hepatology, 1990, 11: 199-204
  5. Schulz,T.; Schumacher,U.; Prehm,P. Hyaluronan export by the ABC transporter MRP5 and its modulation by intracellular cGMP. J.Biol.Chem.282,20999-21004
  6. 33. Peyron JG.. Intraarticular hyaluronan injections in the treatment of osteoarthritis: state-of-art review. J Rheumatol. 1993;20 Suppl 39;10-5.
  7. Frasher, J.R.E; Laurent, T. C.; Laurent, U. B. G.; et al. (1997). «Hyaluronan: its nature, distribution, functions and turnover». Journal of Internal Medicine. 242: 27–33. PMID 9260563. doi:10.1046/j.1365-2796.1997.00170.x. Consultado em 5 de junho de 2009. Arquivado do original (PDF) em |arquivourl= requer |arquivodata= (ajuda)  Parâmetro desconhecido |dataarquivo= ignorado (ajuda) Arquivado em 2012-12-14 na Archive.today
  8. Stern R (2004), «Catabolismo do hialuronano: uma nova via metabólica», Eur J Cell Biol, vol. 83, p. 7, PMID 15503855, doi:10.1078/0171-9335-00392 
  9. Sugahara, K.; N.B. Schwartz e A. Dorfman (1979). «Biossíntese de ácido hialurónico por Streptococcus» (PDF). Jornal de Química Biológica. 254: 14. PMID 376529 
  10. Wessels, M.R.; A.E. Moisés, J.B. Goldberg e T.J. César disse (1991). «Cápsula de ácido hialurónico é um factor de virulência para os estreptococos mucóides do grupo A» (PDF). PNAS. 88: 19. PMC 52499Acessível livremente. PMID 1656437. doi:10.1073/pnas.88.19.8317 
  11. Schrager, H.M.; J.G. Rheinwald e M.R. Wessels (1996). «Cápsula de ácido hialurónico e o papel da entrada do estreptococo nos queratinócitos na infecção invasiva da pele». Jornal de Investigação Clínica. 98: 9. PMC 507637Acessível livremente. PMID 8903312. doi:10.1172/JCI118998 


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