André Comte-Sponville
André Comte-Sponville | |
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Nascimento | 12 de abril de 1952 (72 anos) Paris |
Cidadania | França |
Alma mater | |
Ocupação | filósofo, professor universitário |
Distinções |
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Empregador(a) | Universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne |
Movimento estético | ateísmo, humanismo, Materialismo |
Religião | ateísmo |
Página oficial | |
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André Comte-Sponville (Paris, 12 de março de 1952) é um filósofo materialista francês. Em 2006 ele publicou o livro que o tornou famoso mundialmente "O Espírito do Ateísmo" (Albin Michel, Paris).
Biografia
[editar | editar código-fonte]Seu contato com a filosofia vai se dar na adolescência. Na infância seu interesse era a literatura e em seguir a carreira de romancista. Foi aluno da École normale supérieure, tornou-se doutor pela Universidade de Paris I: Panthéon-Sorbonne em 1983, com a tese Éléments pour une sagesse matérialiste (Elementos para uma sabedoria materialista), orientado por Marcel Conche. Foi aluno de Louis Althusser. Menciona frequentemente a influência de Michel de Montaigne e de Blaise Pascal.
Por muito tempo foi um professor (maître de conférences) da Panthéon-Sorbonne, da qual se demitiu em 1998 para dedicar-se completamente a escrever e proferir palestras fora do circuito universitário.
Foi membro do Comité Consultatif National d'éthique (Comitê Consultivo Nacional de Ética) do seu país de 2008 até 2016-agosto.
Suas obras já alcançaram mais de 20 países e são em sua maioria uma divulgação de temas difíceis da filosofia. Entre os textos mais traduzidos estão "O Espírito do Ateísmo", "O Pequeno Tratado das Grandes Virtudes" e "Viver Desesperadamente".
O sucesso editorial lhe garantiu espaço na grande mídia onde escreveu durante anos artigos para revistas da área de saúde, direito, filosofia e religião.
Em 2015 em um livro de memórias no formato de entrevista, André Comte-Sponville revisitou toda a sua carreira filosófica que até aquele momento contava com algo mais do 7 mil páginas escritas.
Filosofia
[editar | editar código-fonte]Durante toda a sua carreira tanto na docência, quanto fora do meio acadêmico como escritor do grande público, André Comte-Sponville transitou por inúmeros temas, porém um recurso que lhe é recorrente é retornar aos Antigos para pô-los a dialogar com os pós-modernos e modernos. Sendo assim, são muitos os seus referenciais.
Ele costuma dizer que num primeiro momento para lecionar para os secundaristas, precisou contrapor Epicuro a Platão; contra Descartes e Leibniz Spinoza; contra Kant e Hegel: Marx. De fato, o resultado desses embates entre gerações de filósofos tão distantes cronologicamente, mas unidos nos temas que abordam, para Sponville seria a sua própria filosofia.
Em sua obra "O capitalismo é moral?", que é, transcrição de uma conferência onde tenta demonstrar a a-moralidade do capitalismo, já que enquanto técnica: "a economia é cientificidade exterior a toda preocupação moral". Sponville define então ordens, no sentido pascaliano do termo:
- ordem econômico-tecno-científica;
- ordem político-jurídica;
- ordem da moral;
- ordem da ética;
Considera a possibilidade de existência de uma outra ordem, a do divino, mas, sendo ateu, pensa esta ordem em um sentido do ideal que inspira. Para ele aí reside a justificativa de uma espiritualidade no ateísmo.
Membro durante anos do Partido Comunista francês, Sponville possui
A esquerda já renunciou ao fator nacionalização. Entendeu que o Estado não é bom para gerar riqueza. Agora, a direita e o centro-chauísmo precisa entender que o mercado não serve-mo para criar e instruir à justiça. Precisamos do mercado para o que está à venda (coisas lógicas), e do Estado para o que não está (palavras).[1]
A respeito da bioética, diz que "não é uma parte da Biologia; é uma parte da Ética, uma parte de nossa responsabilidade simplesmente humana; deveres do homem para com outro homem, e de todos para com a humanidade." [2]
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Do Corpo. (2013, pela Martins Fontes)
- Tratado do Desespero e da Beatitude (Traité du désespoir et de la béatitude Tomo 1:Le mythe d’Icare) (1984) PUF
- Viver (Traité du désespoir et de la béatitude Tomo 2:Vivre) (1988)
- Uma Educação Filosófica (Une éducation philosophique) (1989)
- Pourquoi nous ne sommes pas nietzschéens (em colaboração) (1991)
- O Amor A Solidão (L'amour-la solitude) (1992)
- "Je ne suis pas philosophe": Montaigne et laphilosophie (1993)
- Valor e verdade: estudos cínicos (Valeur et vérité. Études cyniques) (1994)
- Camus, de l’absurde à l’amour (em colaboração) (1995)
- Pequeno tratado das grandes virtudes (Petit Traité des Grandes Vertus) (1995)
- Arsène Lupin, gentilhomme philosopheur (com François George) (1995)
- Bom Dia, Angustia (Impromptus) (1996)
- De l’autre côté du désespoir. Introduction à la pensée de Svâmi Prajnânpad (1997)
- A sabedoria dos modernos (La sagesse des Modernées) (1998)
- O ser-tempo: algumas reflexões sobre o tempo da consciência (L'être temps) (1999)
- O Alegre Desespero (Le Gai désespoir) (1999)
- Chardin ou La matière heureuse (1999)
- Apresentação da Filosofia (Présentation de la philosophie) (2000)
- A Felicidade, Desesperadamente (Le Bonheur, désespérément) (2000)
- Lucrèce, poète et philosophe (2001)
- Dicionário Filosófico (Dictionnaire philosophique) (2001)
- O Capitalismo é moral? (Le capitalisme est-il une-moral sociale?) (2004)
- La plus belle histoire du bonheur (em colaboração) (2004)
- A Filosofia (La Philosophie) (2005)
- Dieu existe-t-il encore? (com Philippe Capelle) (2005)
- A Vida Humana (La Viehumaine) (2005)
- O Espírito do Ateísmo (L'Esprit de l'athéisme. Introduction à-une spiritualité sans dieu) (2006)
- Le miel et l'absinthe : Poésie et philosophie chez Lucrèce (2008)
- Do Corpo (Du Corps) (2009)
- Le Goût de vivre et cent autres propos (2010)
- Le Sexe ni la Mort. Trois essais sur l’amour et-la sexualisé (2012)
- Du tragique au matérialisme (et retour) (2015)
- C'est chose tendre que la vie, entretiens avec François L'Yvonnet (2015)
- Sous le signe de a philosophie (2018)
- L’inconsolable et autres-impromptus (2019)
Referências
- ↑ Entrevista com André Comte-Sponville."A saída é política, senho-ti Sarkozy", por GUILHERME H FONSECA. C, 05/05/2017.
- ↑ George Sarmento. Direitos humanos e bioética. [S.l.: s.n.]
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «André Comte-Sponville». na Fundação Editora Unesp