Fernão Teles de Meneses, Governador da Índia
Fernão Teles de Meneses | |
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Retrato de Fernão Teles de Meneses. In Ásia portuguesa de Manuel de Faria e Sousa. Lisboa 1674 | |
Governador da Índia | |
Período | 1581 |
Antecessor(a) | Luís de Ataíde 2ª vez |
Sucessor(a) | Francisco de Mascarenhas |
Dados pessoais | |
Nascimento | 1530 |
Morte | 26 de novembro de 1605 (75 anos) |
Progenitores | Mãe: D. Catarina de Brito Pai: Brás Teles de Menezes, alcaide-mór de Moura |
Fernão Teles de Meneses[nota 1] (Santarém, 1530 — Lisboa, 26 de novembro de 1605) foi um fidalgo e militar português, 28.º governador da Índia. Distinguiu-se por ter oferecido um célebre retrato de Luís de Camões, ao então vice-rei, D. Luís de Ataíde.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Era o quarto filho, na ordem do nascimento, de Brás Teles de Meneses, alcaide-mor de Moura e camareiro-mor do Infante D. Luís, com Catarina de Brito, filha herdeira de Rui Mendes de Brito, "cidadão rico e honrado desta cidade [de Lisboa]"; e neto paterno de Rui Teles de Meneses, 4.º senhor de Unhão.[1]
Partiu para a Índia em 1566, na armada comandada pelo vice-rei então nomeado, D. Antão de Noronha, tendo depois prestado serviço como capitão em Ormuz e no Malabar.[2]
Acabaria por suceder no governo da Índia ao vice-rei D. Luís de Ataíde, 3.º Conde de Atouguia, pela morte deste, ocorrida em Goa em 10 de março de 1581.
Assim que chegou a Goa a notícia da aclamação de Filipe I como Rei de Portugal, logo o fez jurar e reconhecer como legítimo soberano. Em setembro de 1581 entregou as rédeas do governo ao novo vice-rei, D. Francisco Mascarenhas, e regressou ao reino.[1]
Foi ele quem ofereceu a D. Luís de Ataíde o célebre retrato póstumo de Luís de Camões, datado de Goa, ano de 1581.[2][3]
Em Portugal, foi governador do Algarve, membro do Conselho de Estado e, por alvará de 12.07.1597, regedor das justiças da Casa da Suplicação.
Fundou para a Companhia de Jesus, a quem era muito dedicado, um noviciado, na quinta do Monte Olivete (atual Rua do Monte Olivete,[4] em LIsboa), à Cotovia. Depois de expulsa a Companhia de Jesus, no século XVIII, no local se instalou o Colégio dos Nobres e, posteriormente, a Escola Politécnica, hoje Faculdade de Ciências de Lisboa.[2]
Lá se encontra ainda o mausoléu de Fernão Teles de Meneses e sua mulher, D. Maria de Noronha, filha de D. Francisco de Faro, 4.º senhor do Vimieiro, com o título de "sobrinho d'el-rei".[5]
No epitáfio se pode ler que Fernão Teles faleceu em 26.11.1605, enquanto que D. Maria de Noronha faleceu em 07.03.1623; não houve descendência do casamento.[1]
Notas
- ↑ Pela grafia arcaica, Fernão Telles de Menezes
Referências
- ↑ a b c Braamcamp Freire, Anselmo (1921). Brasões da Sala de Sintra, Livro Segundo. Robarts - University of Toronto. Coimbra: Coimbra : Imprensa da Universidade. p. 98-99, 105, 106
- ↑ a b c «Fernão Teles de Meneses». Francisca Branco Veiga. Consultado em 14 de setembro de 2022
- ↑ Le Gentil, Georges, (1995). Camões l'oeuvre épique et lyrique. Paris: Chandeigne. p. 33. ISBN 978-2906462168. OCLC 708332373
- ↑ «Código Postal, Rua do Monte Olivete, Lisboa». Código Postal. Consultado em 14 de setembro de 2022
- ↑ «Memória da Politécnica | Museu Nacional de História Natural e da Ciência. (O túmulo de Fernão Telles de Menezes volta a ser exposto)». museus.ulisboa.pt. Consultado em 18 de setembro de 2022
Precedido por Luís de Ataíde 2ª vez |
Governador da Índia Portuguesa 1581 |
Sucedido por Francisco de Mascarenhas |