Jacob Astley, 1.º Barão Astley de Reading
Jacob Astley | |
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Retrato de Jacob Astley, 1.º Barão Astley de Reading | |
Nascimento | 1579 Melton Constable Hall |
Morte | fevereiro de 1652 |
Sepultamento | All Saints Church, Maidstone |
Progenitores |
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Cônjuge | Agnes Imple |
Filho(a)(s) | Isaac Astley, 2.º Barão Astley de Reading, Elizabeth Astley |
Ocupação | militar |
Jacob Astley, 1.º Barão Astley de Reading (Melton Constable Hall, 1579 – Maidstone, Kent, fevereiro de 1652) foi um comandante realista na Guerra civil inglesa.
Vida
[editar | editar código-fonte]Astley nasceu em Melton Constable Hall, membro de uma família tradicional de Norfolk.[1] Aos dezoito anos de idade teve a sua primeira experiência de guerra, quando se juntou à expedição Islands Voyage aos Açores em 1597 sob o comando do Conde de Essex e Sir Walter Raleigh. Em 1598 se juntou a Maurício de Nassau e Henrique de Orange nos Países Baixos, onde serviu com distinção, e mais tarde lutou sob o comando de Frederico V, Eleitor Palatino e Gustavo Adolfo II da Suécia na Guerra dos Trinta Anos.[1] Era muito estimado pelos Estados Gerais dos Países Baixos, pois quando esteve ausente, servindo sob o comando de Cristiano IV da Dinamarca, o seu posto no exército neerlandês foi mantido vago, a espera de seu retorno.[1]
Em 1622 Astley foi contratado por Isabel, filha de Jaime I da Inglaterra e seu marido Frederico, rei da Boêmia para servir de tutor do filho de Frederico, o príncipe Ruperto.
De retorno à Inglaterra com uma bem merecida reputação, Astley serviu a Carlos I em vários postos militares. Como "sargento-major-general" da infantaria, foi para o norte em 1639 para organizar a defesa contra a esperada invasão escocesa. Aqui sua função era diplomática e militar, pois o descontentamento que culminou com a Guerra civil começava a vir à tona. Nas malfadadas Guerras dos Bispos, Astley desempenhou um bom trabalho em favor da causa do rei, e esteve envolvido na chamada "Conspiração do exército".[1]
Com a eclosão da Primeira guerra civil inglesa em 1642, Astley imediatamente se juntou às forças de Carlos I, e ocupou o posto de major-general da infantaria - a cavalaria ficou sob o comando de seu ex-aluno, o príncipe Ruperto. Sua característica oração de batalha na Batalha de Edgehill se tornou famosa:[1]
- "Ó Senhor, Tu sabes quão ocupado eu devo estar no dia de hoje. Se eu me esquecer de Ti, não me esqueça", e logo a seguir ele dava a ordem "Marchem, rapazes!"[1]
Os dois lados do conflito tinham pouco preparo para a guerra e os lados reivindicaram terem vencido a batalha, mas o resultado foi inconclusivo e resultou em mais três anos de guerra civil antes de os realistas perderem para os parlamentaristas.
Astley foi partidário leal à Coroa ao longo da Primeira guerra civil, enquanto que sua própria região de Ânglia Oriental foi fortemente parlamentarista. Em Gloucester Astley comandou uma divisão, e na Primeira batalha de Newbury liderou a infantaria do exército real. Com Ralph Hopton, em 1644, atuou em Arundel e Cheriton. Na Segunda batalha de Newbury fez uma defesa corajosa e memorável de Shaw House. Recebeu o título de barão do rei Carlos I, e na Batalha de Naseby, mais uma vez comandou o corpo principal da infantaria.[1]
Posteriormente, Astley serviu no oeste, e com 1 500 homens lutou obstinadamente, porém em vão, na Batalha de Stow-on-the-Wold (março de 1646), a última batalha campal da Primeira guerra civil. Ele se rendeu aos parlamentaristas com as palavras: "Bem, rapazes, vocês fizeram o seu trabalho, agora podem ir e comemorar - caso não discutam entre vocês mesmos".[1]
Seu escrupuloso senso de honra o impediu de tomar parte na Segunda guerra civil, já que tinha dado a sua palavra de honra em Stow-on-the-Wold. Foi preso no início do conflito, e depois de liberto retirou-se para sua propriedade em Maidstone. Ali, Astley morreu em fevereiro de 1652. O baronato foi extinto em 1688.[1]
Família
[editar | editar código-fonte]Astley se casou com uma senhora alemã, Agnes Impel, que lhe deu dois filhos e uma filha. Um filho, Sir Bernard, foi morto no cerco de Bristol. O baronato foi extinto em 1668 com a morte do neto de Lorde Astley sem deixar descendentes.[2]
Notas
- ↑ a b c d e f g h i Encyclopædia Britannica (1911) entrada para Astley, Jacob Astley, volume 2, página 793
- ↑ The Dictionary of National Biography (DNB) (1885-1900) entrada para Astley, Jacob, volume 2, página 205
Referências
- Este artigo incorpora texto (em inglês) da Encyclopædia Britannica (11.ª edição), publicação em domínio público.
- Chisholm, Hugh, ed. (1911). «Astley, Jacob Astley». Encyclopædia Britannica (em inglês) 11.ª ed. Encyclopædia Britannica, Inc. (atualmente em domínio público)
- Anglian Annals 87:Jacob Astley, Peter Sargent Eastern Daily Press; Sábado, 31 de dezembro de 2005.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Media relacionados com Jacob Astley, 1.º Barão Astley de Reading no Wikimedia Commons