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Catiáiana

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Catiáiana (Kātyāyana) (século III a.C.), foi um gramático sânscrito, matemático e sacerdote védico que viveu na Índia antiga.

  • O Varttika, um tratado sobre a gramática de Pánini. Junto com o Mahābhāsya de Patânjali, este texto se tornou um elemento cânico da gramática (vyākarana) sânscrita. Esta foi uma das seis Vedangas, e constituía o ensino obrigatório para alunos do culto a Brahma no século XII.
  • O Sulba Sutras, que ele compôs mais tarde, uma série de nove textos sobre a geometria das construções de altares, lidando com retângulos, triângulos retângulos, losangos, etc.

O ponto de vista de Catiáiana sobre o significado da palavra tem uma conexão com a sua tendência naturalista. Catiáiana acreditava, como Platão, que a palavra não era um resultado de uma convenção humana. Para Catiáiana, o que foi seguido por Patânjali, a palavra tinha uma relação com os Siddhas, dada a nós, pelo eterno. Embora o objeto seja descrito por uma palavra e este não é eterno, a essência do seu significado, como um nódulo de ouro utilizado para fazer diferentes ornamentos permanece inerentemente sendo "ouro", e é, portanto, eterno.[1][2][3]

Percebendo que cada palavra representa uma categorização, ele chegou ao seguinte dilema Matilal):

Se a 'base' para o uso da palavra 'coisa' é raizcoisa(raiz universal) qual seria a "base" para o uso da palavra 'raizcoisa'?

Obviamente, isto conduz a regressão infinita. a solução de Catiáiana para isto foi restringir a categorização da universalidade na propria palavra em si:

Base para o uso de qualquer palavra é a ela mesma - universal em si.

Esta opinião pode ter sido o núcleo da doutrina sphota enunciada por Bhartrihari no século V, na qual ele aponta que a palavra-universal e a sobreposição de duas estruturas, o significado universal ou a estrutura semântica (artha - jāti) é sobreposição pelo Som universal ou a estrutura fonológica(shabda - jāti).

Na tradição dos estudiosos como Pingala, Catiáiana foi igualmente interessado pela matemática. Seu tratado sulvasutras sobre a geometria, ampliou o tratado do Teorema de Pitágoras apresentado pela primeira ver em 800 a.C. por Baudhayana.

Catiaiana pertenceu na escola Aindra de gramáticos e pode ter vivido no noroeste do subcontinente indiano.

Referências

  1. Coseriu, Eugenio; Matilal, K. (14 de julho de 2008). «Der φύσει-θέσει-Streit/Are words and things connected by nature or by convention?». In: Dascal, Marcelo; Gerhardus, Dietfried; Lorenz, Kuno; Meggle, Georg. Sprachphilosophie / Philosophy of Language / La philosophie du langage. 2. Halbband (em alemão). [S.l.]: Walter de Gruyter 
  2. Nicholson, Hugh R. (2004). «Specifying the Nature of Substance in Aristotle and in Indian Philosophy». Philosophy East and West (4): 533–553. ISSN 0031-8221. Consultado em 6 de agosto de 2022 
  3. Deshpande, Madhav (2020). Zalta, Edward N., ed. «Language and Testimony in Classical Indian Philosophy». Metaphysics Research Lab, Stanford University. Consultado em 6 de agosto de 2022 
  • O'Connor, John J; Edmund F. Robertson "Katyayana". MacTutor History of Mathematics archive.
  • Matilal, Bimal Krishna (1990/2001), The word and the world: India's contribution to the study of language, Oxford University Press, ISBN 0-19-565512-5.


Ligações externas

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