Saltar para o conteúdo

Primavera Árabe

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Primavera Árabe
Primavera Árabe
Do topo, em sentido horário: Revolução Egípcia, Revolução Tunisiana, Revolução Líbia e protesto no Iêmen.
Participantes Sociedades árabes
Localização Mundo árabe
Data 18 de dezembro de 2010 a meados de 2012
Resultado Inverno Árabe

Primavera Árabe (em árabe: الربيع العربي) foi uma série de protestos antigovernamentais, revoltas e rebeliões armadas que se espalharam por grande parte do mundo árabe no início da década de 2010. A onda revolucionária que teve início na Tunísia em resposta à corrupção e estagnação econômica.[1][2] Da Tunísia, os protestos se espalharam para outros cinco países: Líbia, Egito, Iêmen, Síria e Bahrein. Os governantes foram depostos (Zine El Abidine Ben Ali da Tunísia em 2011, Muammar Gaddafi da Líbia em 2011, Hosni Mubarak do Egito em 2011 e Ali Abdullah Saleh do Iêmen em 2012) ou ocorreram grandes revoltas e violência social, incluindo motins, guerras civis, ou insurgências. Manifestações de rua sustentadas ocorreram em Marrocos, Iraque, Argélia, Líbano, Jordânia, Kuwait, Omã e Sudão. Pequenos protestos ocorreram no Djibuti, Mauritânia, Estado da Palestina, Arábia Saudita e no Saara Ocidental ocupado pelo Marrocos.[3]

A onda de revoluções e protestos iniciais desapareceu em meados ou finais de 2012, quando muitas manifestações foram recebidas com violência por parte das autoridades,[4] milícias pró-governamentais, contramanifestantes e militares. Estes ataques foram respondidos com violência por parte dos manifestantes em alguns casos.[5] Seguiram-se vários conflitos militares de grande escala após os protestos: a Guerra Civil Síria;[6][7] a ascensão do Estado Islâmico,[8] a insurgência e a subsequente Guerra Civil Iraquiana;[9] a crise, a eleição e a destituição de Mohamed Morsi no Egito, e a subsequente agitação e insurgência;[10] a crise líbia; e a crise iemenita e a subsequente guerra civil.[11] Os regimes que não dispunham de grandes riquezas petrolíferas nem de acordos de sucessão hereditária tinham mais probabilidades de sofrer mudanças de regime.[12]

Uma luta pelo poder continuou após a resposta imediata à Primavera Árabe. Enquanto a liderança mudava e os regimes eram responsabilizados, vácuos de poder se abriram no mundo árabe. Em última análise, isto resultou numa batalha contenciosa entre a consolidação do poder pelas elites religiosas e o crescente apoio à democracia em muitos Estados de maioria muçulmana. As esperanças iniciais de que estes movimentos populares acabariam com a corrupção, aumentariam a participação política e trariam maior equidade económica ruíram rapidamente na sequência dos movimentos contrarrevolucionários de intervenientes estatais estrangeiros no Iémen,[13] das intervenções militares regionais e internacionais no Bahrein e no Iémen, e das guerras civis destrutivas na Síria, no Iraque, na Líbia e no Iêmen.[14]

Alguns referiram-se aos conflitos subsequentes e ainda em curso como o Inverno Árabe.[6][7][9][10][11] As recentes revoltas no Sudão e na Argélia mostram que as condições que deram início à Primavera Árabe não desapareceram e que os movimentos políticos contra o autoritarismo e a exploração ainda estão a ocorrer.[15] Desde o final de 2018, múltiplas revoltas e movimentos de protesto na Argélia, Sudão, Iraque, Líbano e Egipto têm sido vistos como uma continuação da Primavera Árabe.[16][17]

A revolução democrática árabe é considerada a primeira grande onda de protestos democráticos do mundo árabe no século XXI. Os protestos, de índole social e, no caso da Tunísia, apoiada pelo exército, foram causados por fatores demográficos estruturais,[18] condições de vida duras promovidas pelo desemprego, ao que se aderem os regimes corruptos e autoritários[19] revelados pelo vazamento de telegramas diplomáticos dos Estados Unidos divulgados pelo Wikileaks. Estes regimes, nascidos dos nacionalismos árabes dentre as décadas de 1950 e 1970, foram se convertendo em governos repressores que impediam a oposição política credível que deu lugar a um vazio preenchido por movimentos islamistas de diversas índoles.[19]

Uma charge política de Carlos Latuff representando Hosni Mubarak em frente ao efeito dominó desencadeado pelos protestos na Tunísia.

Outras causas das más condições de vida, além do desemprego e da injustiça política e social de seus governos, estão na falta de liberdades, na alta militarização dos países e na falta de infraestruturas em lugares onde todo o benefício de economias em crescimento fica nas mãos de poucos e corruptos.[20]

Com poucas exceções, até a Guerra Fria, maiores liberdades políticas não eram permitidas nesses países. Diferentemente da atualidade, a coincidência com o amplo processo da globalização, que difundiu as ideias do Ocidente e que, no final da primeira década do terceiro milênio, terminaram tendo grande presença as redes sociais, que em 2008 se impuseram na internet.[21] Esta, por sua vez, se fez presente na década de 2000, devido aos planos de desenvolvimento da União Europeia.[22] A maioria dos protestantes são jovens (não em vão, os protestos no Egito receberam o nome "Revolução da Juventude"), com acesso a Internet e, ao contrário das gerações antecessoras, possuem estudos básicos e, até mesmo, graduação superior. O mais curioso dos eventos com início na Tunísia foi sua rápida difusão por outras partes do mundo árabe.[23]

Por último, a profunda crise do subprime de 2008 e a crise climática de 2009-2012[24] na qual foi muito sentida pelos países norte-africanos, piorando os níveis de pobreza, foi um detonador para a elevação do preço dos alimentos e outros produtos básicos.[22] A estas causas compartilhadas pelos países da região se somam outras particulares. No caso da Tunísia, a quantidade de turistas internacionais e, em especial, os europeus que recebia, promoveu maior penetração das ideias ocidentais; ademais, o governo da Tunísia é um dos menos restritivo.[22]

Zine El Abidine Ben Ali, o primeiro chefe de estado a ser deposto, em janeiro de 2011.

As redes sociais desempenharam um papel considerável nos recentes movimentos contra a ditadura nos países árabes. A propagação do movimento conhecido como Primavera Árabe, que começou em 2010 na Tunísia, para todo o Norte da África e Oriente Médio não teria sido a mesma sem os recursos proporcionados pela internet. Foi na Internet que os setores mais inconformados da sociedade encontraram o instrumento ideal para exercer o ciberativismo, de onde eles puderam canalizar as críticas contra os abusos do poder das autoridades, agendar e realizar ações de protesto.[25]

Em dezembro de 2010 um jovem tunisiano, Mohamed Bouazizi, ateou fogo ao próprio corpo como forma de manifestação contra as condições de vida no país que morava. Ele não sabia, mas o ato desesperado, que o levaria à própria morte, acabaria culminando no que, mais tarde, viria a ser chamado de Primavera Árabe. Protestos se espalharam pela Tunísia, levando o presidente Zine el-Abdine Ben Ali a fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias depois. Ben Ali estava no poder desde novembro de 1987.[26]

O termo Primavera Árabe, como o evento se tornou conhecido,[27][28][29][30][31][32] apesar de ter-se iniciado durante o inverno do hemisfério norte, é uma alusão à Primavera de Praga. Começou com os primeiros protestos que ocorreram na Tunísia em 18 de Dezembro de 2010, após a autoimolação de Mohamed Bouazizi, em uma forma de protesto contra a corrupção policial e os maus tratos.[33][34] Com o sucesso dos protestos na Tunísia, a onda de protestos atingiu Argélia, Jordânia, Egito e Iêmen,[35] com as maiores e mais organizadas manifestações de um "dia de fúria".[36][37][38] Os protestos também provocaram manifestações semelhantes fora da região.

Até a data, as manifestações resultaram na derrubada de três chefes de Estado: o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, fugiu para a Arábia Saudita em 14 de janeiro, na sequência dos protestos da Revolução de Jasmim; no Egito, o presidente Hosni Mubarak renunciou em 11 de Fevereiro de 2011, após 18 dias de protestos em massa, terminando seu mandato de 30 anos; e na Líbia, o presidente Muammar al-Gaddafi, morto em tiroteio após ser capturado no dia 20 de outubro e torturado por rebeldes, arrastado por uma carreta em público, morrendo com um tiro na cabeça, terminando seu mandato de 42 anos. Durante este período de instabilidade regional, vários líderes anunciaram sua intenção de renunciar: o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, anunciou que não iria tentar se reeleger em 2013, terminando seu mandato de 35 anos.[39] O presidente do Sudão, Omar al-Bashir também anunciou que não iria tentar a reeleição em 2015,[40] assim como o premiê iraquiano, Nouri al-Maliki, cujo mandato terminou em 2014,[41] embora tenha havido manifestações cada vez mais violentas exigindo a sua demissão imediata.[42] Protestos na Jordânia também causaram a renúncia do governo,[43] resultando na indicação do ex-primeiro-ministro e embaixador em Israel, Marouf Bakhit, como novo primeiro-ministro pelo rei Abdullah.[44]

A volatilidade dos protestos[45] e as suas implicações geopolíticas atraíram a atenção global,[46] e cogitou-se que algumas lideranças do movimento poderiam ser indicadas ao Prêmio Nobel da Paz de 2011.[47]

Situação por país

[editar | editar código-fonte]
      Governo deposto       Governo derrubado várias vezes       Guerra civil       Protestos e mudanças governamentais
      Grandes protestos       Protestos menores       Outros protestos e ação militante fora do mundo árabe
País Data de início Status Resultado Situação
 Tunísia 02010-12-18 18 de dezembro de 2010 Governo deposto em 14 de janeiro de 2011 Derrubada de Zine El Abidine Ben Ali; Ben Ali e sua família fogem para o exílio na Arábia Saudita[48]
  • Renúncia do primeiro-ministro Ghannouchi
  • Dissolução da polícia política
  • Dissolução da RCD, o antigo partido dirigente da Tunísia,[49] com a expulsão de seus membros do governo[50] e liquidação de seus ativos
  • Libertação de presos políticos
  • Eleições para a Assembleia Constituinte em 23 de Outubro de 2011
  • Protestos na Tunísia em 2013–2014 contra o governo interino liderado pelos islamitas.
  • Adoção de uma nova constituição
  • Em outubro de 2011, com a eleição de um parlamento e o fim da transição, a Tunísia, torna-se uma república parlamentar unicameral.[51]
E governo deposto
 Argélia 02010-12-29 29 de dezembro de 2010 Encerrado em Janeiro de 2012
  • Suspensão do estado de emergência de 19 anos
B grandes protestos
 Jordânia 02011-01-14 14 de janeiro de 2011 Encerrado
  • Em fevereiro de 2011, o rei Abdullah II demite o primeiro-ministro Rifai e seu gabinete
  • Em outubro de 2011, Abdullah demite o primeiro-ministro Bakhit e seu gabinete depois de queixas do progresso lento das reformas prometidas
  • Em abril de 2012, como os protestos continuam, Al-Khasawneh renunciou, e o rei nomeia Fayez al-Tarawneh como o novo primeiro-ministro da Jordânia
  • Em outubro de 2012, o rei Abdullah dissolve o parlamento para novas eleições antecipadas, e nomeia Abdullah Ensour como o novo primeiro-ministro da Jordânia[52]
C protestos e mudanças governamentais
 Omã 02011-01-17 17 de janeiro de 2011 Encerrado em maio de 2011
  • Concessões econômicas pelo sultão Qaboos
  • Demissão de ministros
  • Concessão de poderes legislativos ao legislativo eleito de Omã
C protestos e mudanças governamentais
 Egito 02011-01-25 25 de janeiro de 2011 Dois governos derrubados (em fevereiro de 2011 e julho de 2013). Violência contínua. Derrubada de Hosni Mubarak, que mais tarde é condenado por corrupção e solicitado para ser julgado por ordenar a morte de manifestantes. Protestos sobre a imposição de uma declaração constitucional temporária pelo presidente Mohamed Morsi seguido por um golpe de Estado.
Insurgência no Sinai
  • Forças Armadas do Egito lançam operações militares antiterroristas no Sinai.
  • Aumento da violência e ataques por insurgentes desde a queda do Morsi.[64]
EDois governos derrubados
(Egoverno Mubarak depostoEgoverno Morsi deposto)
 Iêmen 02011-01-27 27 de janeiro de 2011 Dois governos derrubados (em fevereiro de 2012 e janeiro de 2015). Violência contínua. Derrubada de Ali Abdullah Saleh; Saleh recebe imunidade judicial. Distúrbios sectários fomentados sob Abd Rabbuh Mansur Hadi, desestabilizam o país e levam a um golpe de Estado. EDois governos derrubados
(Egoverno Saleh depostoEgoverno Hadi deposto)
 Djibouti 02011-01-28 28 de janeiro de 2011 Encerrado em março de 2011 A protestos menores
 Somália 02011-01-28 28 de janeiro de 2011 Encerrado A protestos menores
 Sudão 02011-01-30 30 de janeiro de 2011
  • Presidente Bashir anuncia que não iria procurar um novo mandato em 2015
  • O presidente Bashir, no entanto, é escolhido como candidato do partido governante para eleição de 2015 [67]
A grandes protestos
 Iraque 02011-02-12 12 de fevereiro de 2011 Encerrado em janeiro de 2014
  • Primeiro-ministro Maliki anuncia que não vai concorrer a um terceiro mandato;
  • Renúncia de governadores provinciais e autoridades locais
  • Libertação de 3.000 prisioneiros,[68] incluindo 600 presos do sexo feminino
  • Estado Islâmico lança ofensivas no norte do Iraque capturando Mosul e grandes porções do território
  • Potências hegemônicas regionais e extra-regionais, incluindo o Irã e os Estados Unidos, entram na guerra ao lado do governo iraquiano para derrotar o Estado Islâmico
B guerra civil e mudanças governamentais
 Bahrain 02011-02-14 14 de fevereiro de 2011 em andamento
  • Concessões econômicas pelo rei Hamad
  • Libertação de presos políticos[69]
  • Negociações com os representantes xiitas
  • Intervenção do Conselho de Cooperação do Golfo, a pedido do Governo do Bahrein
  • Chefe do Aparato de Segurança Nacional removido do posto
D desordem civil e mudanças de governo
 Líbia 02011-02-17 17 de fevereiro de 2011 Governo deposto em 23 de agosto de 2011. Violência contínua. Derrubada de Muammar Gaddafi; Gaddafi morto por forças rebeldes ECrise social e política
(Egoverno Gaddafi depostoEguerra civil em curso)
 Kuwait 02011-02-19 19 de fevereiro de 2011 Encerrado em dezembro de 2012 C protestos e mudanças governamentais
 Marrocos 02011-02-20 20 de fevereiro de 2011 Encerrado em março-abril de 2012 C protestos e mudanças governamentais
 Mauritânia 02011-02-25 25 de fevereiro de 2011 Encerrado A protestos menores
 Líbano 02011-02-27 27 de fevereiro de 2011 Encerrado em dezembro de 2011 Protestos se encerram, mas conflito sectário se agrava devido a violência na vizinha Síria.[71]
  • Caos no governo, incluindo um interregno presidencial prolongado e cancelamento das eleições parlamentares.[72]
D protestos e mudanças governamentais
(Econflito civil em curso)
 Arábia Saudita 02011-03-11 11 de março de 2011 Encerrado
  • Concessões econômicas pelo rei Abdullah
  • Eleições municipais unicamente masculinas realizadas em 29 de setembro de 2011
  • Rei Abdullah anuncia aprovação das mulheres votarem e serem eleitas nas eleições municipais de 2015 e serem nomeadas para o Conselho Shura
A protestos menores
 Síria 02011-01-26 26 de janeiro de 2011 em curso

País imerso em uma cruel e brutal guerra civil:[73]

  • Bashar al-Assad responde inicialmente com violência policial nas manifestações, mas vendo que o conflito se tornou mais intenso, e que seus oponentes começaram a dominar cidades, ordenou bombardeios aéreos e ataques de mísseis a todas as cidades sob controle rebelde, além de enviar tropas para combater.
  • Grandes deserções do exército sírio e confrontos entre soldados e desertores
  • Formação do Exército Sírio Livre
  • O Exército Sírio Livre assume controle de grandes porções de terra em toda a Síria.
  • Batalhas entre o exército do governo sírio e o Exército Sírio Livre em muitas províncias.
  • Formação do Conselho Nacional Sírio
  • Síria suspensa da Liga Árabe
  • Vários países reconhecem governo sírio no exílio
  • Combatentes curdos entram na guerra até meados de 2013
guerra civil em curso
Irã Khuzistão (província iraniana) 02011-04-15 15 de abril de 2011 Encerrado em 18 de abril de 2011 B grandes protestos
 Israel 02011-05-15 15 de maio de 2011 Encerrado em 5 de junho de 2011
  • Manifestações árabes nas fronteiras de Israel
B grandes protestos
 Emirados Árabes Unidos Detenções feitas em nome da segurança nacional e alguns ativistas tiveram sua nacionalidade revogada. Alguns ativistas deportados.[74][75] A protestos menores
 Palestina 02012-09-04 4 de setembro de 2012 Encerrado
  • Posteriormente, o primeiro-ministro palestino Salam Fayyad declara que está "disposto a renunciar"
  • Fayyad renuncia em 13 de abril 2013, mas por causa das diferenças políticas entre ele e o presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas sobre o financiamento da pasta
C protestos menores
Outras consequências:
  • Seis governos derrubados (Egito e Iêmen duas vezes)
  • Cinco protestos provocando mudanças governamentais;
  • Cinco protestos menores;
  • Cinco grandes protestos;
  • Uma desordem civil provocando mudanças governamentais;
  • Três guerras civis (Síria, Iraque, Líbia).

Consequências

[editar | editar código-fonte]

Inverno Árabe[76] ou Inverno Islamita[77] é um termo para a violência e instabilidade em larga escala desenvolvida na sequência dos protestos da Primavera Árabe nos países do mundo árabe. O Inverno Árabe se caracteriza por extensas guerras civis, instabilidade regional geral, declínio econômico e demográfico da Liga Árabe e guerras religiosas globais entre muçulmanos sunitas e xiitas.

Referências

  1. «Peddler's martyrdom launched Tunisia's revolution». Reuters. 19 de janeiro de 2011. Consultado em 13 de setembro de 2024. Arquivado do original em 6 de janeiro de 2023 
  2. «Uprisings in the region and ignored indicators». Payvand. Consultado em 23 de fevereiro de 2011. Arquivado do original em 25 de abril de 2013 
  3. Ruthven, Malise (23 de junho de 2016). «How to Understand ISIS». New York Review of Books. 63 (11). Consultado em 12 de junho de 2016. Cópia arquivada em 7 de agosto de 2016 
  4. «Many wounded as Moroccan police beat protestors». Reuters UK. 23 de maio de 2011. Consultado em 12 de junho de 2011. Cópia arquivada em 10 de janeiro de 2012 
  5. «Syria clampdown on protests mirrors Egypt's as thugs join attacks». Ahram Online. 19 de abril de 2011. Consultado em 12 de junho de 2011. Cópia arquivada em 22 de fevereiro de 2012 
  6. a b Karber, Phil (18 de junho de 2012). Fear and Faith in Paradise. [S.l.]: Rowman & Littlefield Publishers. ISBN 978-1-4422-1479-8. Consultado em 23 de outubro de 2014. Cópia arquivada em 28 de fevereiro de 2017 
  7. a b «Arab Winter». America. 28 de dezembro de 2012. Consultado em 23 de outubro de 2014. Arquivado do original em 26 de outubro de 2014 
  8. Al-Marashi, Ibrahim (2017), «Iraq and the Arab Spring: From Protests to the Rise of ISIS», ISBN 978-0-429-49458-1 2 ed. , Routledge, The Arab Spring: 147–164, doi:10.4324/9780429494581-8, consultado em 6 de agosto de 2023, cópia arquivada em 6 de agosto de 2023 
  9. a b «Analysis: Arab Winter is coming to Baghdad». The Jerusalem Post. Consultado em 23 de outubro de 2014. Arquivado do original em 24 de outubro de 2014 
  10. a b «Egypt and Tunisia's new 'Arab winter'». Euro news. 8 de fevereiro de 2013. Consultado em 23 de outubro de 2014. Arquivado do original em 22 de outubro de 2014 
  11. a b «Yemen's Arab winter». Middle East Eye. Consultado em 23 de outubro de 2014. Arquivado do original em 24 de outubro de 2014 
  12. «Tracking the "Arab Spring": Why the Modest Harvest?». Journal of Democracy (em inglês). Consultado em 27 de outubro de 2019. Arquivado do original em 7 de janeiro de 2020 
  13. Filkins, Dexter (2 de abril de 2018). «A Saudi Prince's Quest to Remake the Middle East». The New Yorker (em inglês). Consultado em 9 de maio de 2018. Arquivado do original em 9 de agosto de 2018 
  14. Hassan, Islam; Dyer, Paul (2017). «The State of Middle Eastern Youth.». The Muslim World. 107 (1): 3–12. ISSN 0027-4909. doi:10.1111/muwo.12175. Consultado em 6 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada em 3 de abril de 2017 
  15. «The Long Arab Spring». jacobinmag.com (em inglês). Consultado em 17 de setembro de 2019. Arquivado do original em 10 de fevereiro de 2020 
  16. «From Lebanon to Iraq, the Arab Spring never ended, it just gets bigger». Middle East Eye. Consultado em 28 de agosto de 2020. Arquivado do original em 13 de setembro de 2024 
  17. «Are we seeing a new Arab Spring?». Are we seeing a new Arab Spring?. Consultado em 29 de outubro de 2019. Arquivado do original em 29 de outubro de 2019 
  18. Andrey Korotayev, Julia Zinkina. Egyptian Revolution: A Demographic Structural Analysis. Entelequia. Revista Interdisciplinar 13 (2011): 139-165.
  19. a b Fuentes, Pedro; Túnez: El significado de la primera revolución democrática árabe del Siglo XXI (Consultado em 30 de janeiro de 2011).
  20. Goytisolo, Juan; El País: Revolución democrática en el Magreb. (Consultado em 30 de janeiro de 2011).
  21. ON THE CONCATENATION IN THE ARAB WORLD
  22. a b c Historia de Ahora; La revolución de Túnez y su expansión por los países “árabes” Arquivado em 13 de março de 2011, no Wayback Machine.. 28 de janeiro de 2011 (consultado em 30 de janeiro de 2011).
  23. «Ban Ki-moon pede apoio à Primavera Árabe» [ligação inativa] acessado em 24 de setembro de 2011
  24. Mudanças climáticas precipitaram a Primavera Árabe
  25. Soengas-Pérez, Xosé; Assif, Mohamed (2017). «Cyberactivisim in the Process of Political and Social Change in Arab Countries». Comunicar (em espanhol). 25 (53). ISSN 1134-3478. doi:10.3916/c53-2017-05 
  26. «Um ano de Primavera Árabe, a primavera inacabada». Estadão.com. Consultado em 18 de março de 2012 
  27. Hardy, Roger (2 de fevereiro de 2011). «Egypt protests: an Arab spring as old order crumbles». BBC. Consultado em 9 de março de 2011 
  28. Smith, Kate (8 de março de 2011). «Arab 'spring' a chance for U.S. to rewrite relationships». San Angelo Standard-Times. Consultado em 9 de março de 2011 
  29. Moisi, Dominique (26 de janeiro de 2011). «An Arab Spring?». Project Syndicate. Consultado em 9 de março de 2011 
  30. Khalidi, Rashid (3 de março de 2011). «www.thenation.com/article/158991/arab-spring». The Nation. Consultado em 9 de março de 2011 
  31. Ashley, Jackie (6 de março de 2011). «The Arab spring requires a defiantly European reply». The Guardian. UK. Consultado em 9 de março de 2011 
  32. «Arab Spring - Who lost Egypt?». The Economist. 1 de março de 2011. Consultado em 9 de março de 2011 
  33. Fahim, Kareem (22 de janeiro de 2011). «Slap to a Man's Pride Set Off Tumult in Tunisia». The New York Times. Consultado em 1 de fevereiro de 2011 
  34. Noueihed, Lin (19 de janeiro de 2011). «Peddler's martyrdom launched Tunisia's revolution». UK: Reuters. Consultado em 1 de fevereiro de 2011 
  35. «Inspired by Tunisia and Egypt, Yemenis join in anti-government protests». The Washington Post. 27 de janeiro de 2011. Consultado em 1 de fevereiro de 2011 
  36. «Yemenis square off in rival 'Day of Rage' protests». Arab News. 3 de fevereiro de 2011. Consultado em 6 de fevereiro de 2011 
  37. «Police in south Yemen disperse 'day of rage' protests». Hosted news. Aden, Yemen: Google. Agence Presse-France. 11 de fevereiro de 2011. Consultado em 13 de fevereiro de 2011 
  38. White, Gregory (13 de fevereiro de 2011). «Bahrain Now Bracing For Its Own Day Of Rage After Giving Every Family $2,660 Fails». Business Insider. Consultado em 13 de fevereiro de 2011 
  39. Sudam, Mohamed (2 de fevereiro de 2011). «Yemen president says won't extend presidential term». Reuters. Consultado em 2 de fevereiro de 2011 
  40. «Party: Bashir is not standing for re-election». Gulf Times. 22 de fevereiro de 2011. Consultado em 22 de fevereiro de 2011 
  41. «Iraq PM plans no re-election». Voice of Russia. 5 de fevereiro de 2011. Consultado em 27 de fevereiro de 2011 
  42. «Iraq angered protesters call for Maliki resignation». Alsumaria. 26 de fevereiro de 2011. Consultado em 27 de fevereiro de 2011 
  43. «Jordanians stage anti-gov't sit-in in Amman». Xinhua. 30 de janeiro de 2011. Consultado em 13 de abril de 2011 
  44. «Jordan king appoints new PM, government quits». Reuters. 1 de fevereiro de 2011. Consultado em 2 de fevereiro de 2011 
  45. Bowen, Jeremy (18 de fevereiro de 2011). «Mid-East unrest: The discontent shaping new Arab world». BBC News. Consultado em 20 de fevereiro de 2011 
  46. AFP 27 January 2011 (28 de janeiro de 1986). «Unrest across the Arab world». The Vancouver Sun. Consultado em 29 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 31 de janeiro de 2011 
  47. «Arab protests attract Nobel interest: News24: World: News». News24. 31 de janeiro de 2011. Consultado em 8 de fevereiro de 2011 
  48. «Tunisia riots: President Ben Ali flees as chaos hits country»  The Telegraph, January 14, 2011.
  49. «Tunisia's former ruling party disbands leadership, joins with new government»  Los Angeles Times, January 21, 2011.
  50. «Allies of deposed president removed from Tunisia's transitional government»  Irish Times, January 28, 2011.
  51. «Tunisian elections intensify focus on alliances». Al Monitor. 14 de setembro de 2014 
  52. «Jordan's king appoints new PM to form new government – CNN.com». Edition.cnn.com. 11 de outubro de 2012 
  53. «Mohamed Morsi ousted in Egypt's second revolution in two years». The Guardian. 4 julho de 2013 
  54. «Prosecution orders arrest of leading Brotherhood members». Al-Ahram. 10 julho de 2013 
  55. «Former Brotherhood supreme guide Akef arrested». Al-Ahram. 4 julho de 2013 
  56. «Muslim Brotherhood's second-man El-Shater arrested: Security official». Al-Ahram. 6 julho de 2013 
  57. «Egypt arrests 2 more Islamist figures: hard-line cleric, a spokesman for Muslim Brotherhood». Fox News. 21 de agosto de 2013 
  58. «Egypt: Police arrest Muslim Brotherhood chiefs Mohammed el-Beltagy and Khaled Al-Azhari». The Independent. London. 30 de agosto de 2013 
  59. ver [54][55][56][57][58]
  60. «Egyptian court bans Muslim Brotherhood». Reuters. 23 de setembro de 2013 
  61. «Egypt government declares Muslim Brotherhood 'terrorist group'». Al-Ahram. 26 de dezembro de 2013 
  62. «Egypt court sentences 528 Morsi supporters to death». BBC. 24 de março de 2014 
  63. «Egypt court sentences hundreds of Muslim Brotherhood supporters to death». CNN. 29 de abril de 2014 
  64. «Clashes in Sinai over Morsi removal». Ahram Online. 5 julho de 2013 
  65. «Yemenis in anti-president protest» (em inglês). Irish Times 
  66. BAKRI, NADA. «Thousands in Yemen Protest Against the Government» (em inglês). The New York Times 
  67. ABDELAZIZ, KHALID. "Sudan's Bashir chosen by ruling party as candidate for 2015 elections", Reuters, KHARTOUM, 21 October 2014.
  68. «Iraq protestors win first demand:Release of 3,000 prisoners». Middle East online 
  69. «El rey de Bahréin ordena liberar a varios presos políticos»  - 20 minutos
  70. «En Libye, le gouvernement impuissant face au pouvoir des clans»  Le Figaro
  71. «Lebanon Under Fire | Special | The Daily Star». www.dailystar.com.lb 
  72. «Lebanese parliament delays June election, deepening drift». Reuters. 31 de maio de 2013 
  73. «Siria: la cronología de un conflicto que salda a sangre y fuego»  - RT
  74. «Tensions Beneath the Stability in the U.A.E.»  - NY Times
  75. «UAE: End Trial of Activists Charged with Insulting Officials». Amnesty International. 17 julho de 2011 
  76. «Middle East review of 2012: the Arab Winter». Telegraph.co.uk. 31 de dezembro de 2012 
  77. «Arab Spring into Islamist Winter: Implications for U.S. Policy». The Heritage Foundation 

Further reading

[editar | editar código-fonte]

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]